sexta-feira, 22 de julho de 2011

Metodologia Científica (Introdução)

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Graduação – memória de bacharelado/ licenciatura: monografia de fim de curso.
            Pós-graduação – lato senso/ stricto senso.
            Lato senso (posição americana) – “atividade de coletar informações ou de observar a realidade de modo ordenado e sistemático”.(Cornen, 1956 apud Faria Júnior, 1970, p. 27).
            Stricto senso (posição germânica) – ciências da natureza (Química, Física, Biologia etc.) e mundo dos espíritos: Teologia, Filosofia, História. Métodos indutivo/ experimental/ exatos; espíritos dedutivo/ interpretativo/ descritivo. Posição britânica: “uma forma de reflexão sobre a experiência, incluindo a busca e a respectiva interpretação do que é novel na experiência”.(p. 28)
            Mestrado (dissertação) e doutorado (dissertação e tese)
            Produção do conhecimento (corpo de conhecimento obtido através dos resultados):
            - do ser humano (Fisiologia, Psicologia, Anatomia, Aprendizagem motora);
            - da sociedade (Sociologia);
            - filosófico (Filosofia);
            - técnico (Desporto, Ginástica, Lazer, Adm. E Marketing, Didática, Metodologia da Pesquisa).
            Enfoques – pedagógico/ sócio-antropológico/ técnico/ filosófico/ sociológico/ promoção da saúde.

            Filosofia e Educação Física

            Do Positivismo ao Humanismo
            No fim do séc. XIX desenvolveu-se uma corrente de pensamento que influenciou variados círculos: o Positivismo, criado na França por Augusto Comte. Pretendia estabelecer uma racionalidade científica na condução do processo histórico-social, organizando cientificamente a humanidade a partir de paradigmas das ciências da natureza. Uniu-se a outras correntes de idéias, destacando as ciências naturais e suas aplicações.
            Como as outras correntes, o Positivismo sofreu acentuadas diferenciações amoldando-se às condições locais.
            Primeiras manifestações: Em 1850 com teses apresentadas em ciências físicas e naturais, também sobre corpos flutuantes e cálculo diferencial, todas inspiradas pela filosofia Comteana
Sylvio Romero combatia o ecletismo e Luis Pereira Barreto, a influência da Igreja. O Positivismo era capaz de substituir vantajosamente a tutela intelectual exercida no país pela Igreja. A maior intervenção do Positivismo foi no movimento republicano. Influiu na elaboração da Constituição de 1891 e a bandeira do Brasil passou a ostentar o lema comteano “Ordem e Progresso”. Foi a peça fundamental para o entendimento da nossa história.
            O Positivismo chegou aqui num momento de total desorganização nacional, o que colaborou para o seu desenvolvimento. E outros: Igreja Positivista (religião da humanidade); a filosofia da ciência como síntese das ciências (ensino das ciências sociais); Positivismo ilustrado (reforma dos espíritos); supervalorização das ciências positivas; apego aos fatos...
            O fato da filosofia de Comte estar de acordo com tendências de Cientificismo, do Enciclopedismo e da Maçonaria em muito ajudou na concretização de sua implantação e desenvolvimento. O tratamento científico dos fatos sociais, de caráter instrumental também contribuiu muito. A doutrina de Comte foi uma corrente de cunho cientificista voltada para a reorganização social.
Positivismo e educação – a história da educação tem origem militar. Com a I Guerra Mundial, surgiu maior preocupação com os problemas sociológicos.
            Com a fundação da Academia Brasileira de Ciências (1916), surgiram os primeiros sinais de contestação à doutrina comteana, refletindo a intenção de abrandar a sua ação entre nós. Houve movimento de superação ao conceito de ciência de Comte; a ciência despreocupava-se de sua aplicação; ercolanovismo em luta contra os empecilhos positivista à universidade. Mas a influência positivista se intensifica ou perde a força de acordo com a conjuntura histórica do momento.
            Sua longa aceitação (da doutrina) revela falta de consciência crítica, pois em nada contribuiu para o avanço no setor de ciências. No mundo contemporâneo, as correntes antipositivistas lutam contra o tecnicismo, o valor conferido ao racional, ao utilitário, o poderio industrial. Então, outra corrente de idéias começou a tomar força no Brasil: o Marxismo, que se preocupava com questões sócio-culturais e valor da pessoa humana. No início, essa doutrina era muito difusa. Mas, aos poucos, essa idéia humanista foi se revelando aos olhos dos brasileiros: o homem enquanto sujeito principal da História. Marxismo teve muitos empecilhos, mas acabou por abrir caminho para uma nova corrente: o Existencialismo.      Desenvolveu-se com a tomada de consciência com as tragédias (guerras mundiais, ditaduras), e posteriormente a Guerra Fria e a corrida armamentista. A existência humana parecia perder o significado; uma nova visão do mundo, o homem como ser único, dando-se ênfase na sua existência concreta onde a liberdade é o ponto fundamental (tenta-se aprender o significado da presença do homem no mundo; o homem é livre, fez-se a si próprio; a existência precede a essência). Há também a responsabilidade de o homem ser senhor de si e de sua história, e a importância do outro: o reconhecimento do meu ser, de minha hominidade – determinação recíproca.
            Objetivo dessas correntes filosóficas: incutir uma dimensão crítica no pensamento humano, para a interpretação de sua realidade.

            Positivismo e Educação Física
            A Educação Física é influenciada desde a Proclamação da República, pois há importante correlação entre físico e moral, no que diz respeito a desenvolvimento, que ainda por cima têm influências militaristas, pelo determinismo biológico e eugenia, adestramento e disciplinamento (um ser que se avalia pelo que resiste).
Os movimentos pelo desporto lúdico foram sufocados e ressurgiram algumas vezes. Mas após 1964, com a ditadura militar, traduziu-se a tendência tecnicista com obtenção de êxito, além do marketing político. Depois, com a Nova república, surgiu o clamor pela consciência crítica do corpo, enquanto fenômeno histórico.

            Referência bibliográfica
            Referência de uma bibliografia consultada (direitos autorais).
            American Psicology Association (APA) – 1988 e Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – 2000.
           
            1º) Padronização (apresentação das regras);
            2º) ordem alfabética/ ordem numérica (nome, ano);
            3º) alinhamento à esquerda (sem parágrafo na segunda linha). Exemplo:
THOLLENT, M. (1980). Crítica metodológica, investigação social e enquete operária. São Paulo: Polis.
Pontuação
            - ponto final – após as abreviaturas;
            - vírgula – antes do pré-nome do autor, após sobrenome, após editora, número de edição, títulos de revistas, entre v de volume e caderno;
            - dois pontos – separam título e subtítulo, antes da editora e depois de “In”;
            - barra – período de publicação (abr/jul, 1996/1998,...);
            - hífen – separa início e fim de número de página;
            - colchetes – omissões (obras sem data etc.);
            - reticências – supressão do título;
            - abreviações – amp. (ampliado), ed. (edição), s.l. (sem local), rev. (revista), org. (organizador), v. (volume), coord. (coordenador), p. (página), s.d. (sem data), c. (coluna), res. (responsável), s.n. (sem autor, sine nomine).
            Mesmo autor, títulos diferentes:
            FERREIRA, G.M. Título A
            ________. Título B
            ________. Título C
            Negrito, grifo, itálico (com padronização)
            Mais de três autores – colocar o nome do primeiro, mais “et al” (e outros, em latim);
            artigo – primeira palavra em “caixa alta” (letras maiúsculas);
            ordem – autor (es) – título (da obra principal) – subtítulo (se houver) – nº de edição – local – editora – data de publicação.
            Citações no corpo do texto (fragmentos de textos de outros autores): Xxxxxxxxxxx (fragmento x) + (sobrenome, ano) – em caixa alta. Por três autores: (SOBRENOME 1, SOBRENOME 2, SOBRENOME 3, ano). A partir do quarto autor: (CRUZ et al, 1994). Livro escrito por várias pessoas juntas:  (COLETIVO DE AUTORES, 1999). Conclusão de uma afirmação: (IBGE 2000) fonte.
REGRA: toda vez, ao citar pela primeira vez um autor fora de parênteses – nome completo e, entra parênteses, o ano da publicação. Ao citar pela segunda vez: utilizar sobrenome.
            Citação anterior: nome + (ibid) – exemplo: Taylor (ibid). Quando for cópia de um trecho: em itálico e entre aspas mais número da página entre parênteses. Exemplo: “Ferreira” (p. 57). Quando não tem seqüência: (Taylor, 1993, p. 97). Cópia de trecho com mais de três linhas: primeiro parágrafo no centro, e os demais parágrafos entres aspas e em itálico. Exemplo:
Já Taylor considera que
gregos e romanos também conheciam a importância do corpo e dos seus movimentos e limites, mas tinham influências orientais, que variavam conforme a localização dos habitantes.”
            Apud – para citar fonte secundária (autor citado por outro autor). Exemplo: Tomas Tadeu da Silva (In: Silva, 1968) – apud = por intermédio de.
            Livros editados no mesmo ano (1995ª, 1995b)
            Várias citações _ _ _ (trecho)_ _ _ _ (op. cit.) oportunamente citado.
           
            Epistemologia – ciência que estuda o desenvolvimento da ciência. Fora dos parênteses – corpo do texto.

            Método e técnica
            Conceito de método – consiste na execução de etapas em uma seqüência invariável para que se chegue a um objetivo (caminho para se chegar a algum fim).
            Conceito de técnica – modo de fazer de forma mais hábil, mais perfeita e mais segura, algum tipo de atividade, arte ou ofício.
            - O método utiliza-se de várias técnicas.
            - O valor do conhecimento – informação – conhecimento acumulado gera o avanço da ciência e o conseqüente conforto da sociedade.
            - Importância da observação e da experiência – o conhecimento que não ultrapassa a reflexão é meramente vago, e se dispersa no tempo.

            O conhecimento
            Vulgar/ científico/ filosófico/ teológico
            Conhecimento vulgar –não tem base científica; é o precursor do conhecimento científico; ocorre nas experiências do cotidiano, tentativas de erro e acerto, geração a geração. É o conhecimento “intuitivo”, construído através de fragmentos de verdade e silogismos.
            Conhecimento científico – é metódico, sistemático e provém de pesquisas e experiências científicas baseadas na precisão. Contrapõe-se ao conhecimento vulgar.
            Conhecimento filosófico – tem como base o raciocínio; o filosofar se manifesta no homem no momento em que a Ciência não mais o satisfaz; o homem quer explicar além do que já é conhecido, ir além das provas científicas. Entretanto, também há uma delimitação para isso, desde o momento em que não existam provas concretas, científicas, exatas. Mas não deixa de ser ideologias, que influenciam a sociedade e o seu momento histórico. O raciocínio, no qual o conhecimento filosófico é baseado, parte através da reflexão e da busca do saber. E a filosofia é especulativa, pois a cada cinco perguntas, ela encontra cinco problemas a serem questionados. Já a filosofia prática trabalha com a lógica, a ética e a estética.
            Conhecimento teológico – é intelectual, possui mitos, a produção da fé é de suma importância. O conhecimento teológico explica, através da tradição ou da revelação, o que a ciência e a filosofia não podem explicar; o homem pode ser monoteísta ou politeísta.

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