Medidas e avaliação
Importante:
antes de ser iniciada a prática de qualquer atividade física ou
atlético-esportiva, o atleta deve ser submetido a exame médico criterioso que
esteja conforme sua aptidão física e orgânica (ergometria).
Em casos de
pessoas portadoras de limitação, os atestados devem conter o limite de
esforços; médico e professor de Educação Física devem manter contato permanente
para avaliação conjunta do estado evolutivo do paciente.
Profissionais
de Educação Física – realizam testes para medir e/ou avaliar aptidão física;
Médicos –
realizam testes com objetivo de diagnosticar possível existência de manifestações
patológicas durante o esforço.
Medida – é o
resultado obtido a partir da aplicação de um teste. Deve ser registrada e
expressa numericamente.
Avaliação –
termo complexo que envolve julgamento e tomadas de decisões no sentido de que
objetivos sejam atingidos.
Características
do programa de testagem:
- variáveis que
serão testadas que sejam relevantes para atividade fim;
- devem ser
confiáveis (altos índices de validade, fidedignidade, objetividade);
- os protocolos
de testes têm que ser os mais específicos possíveis (esporte);
- a realização
dos testes tem que ser controlada com rigidez;
- evitar
qualquer tipo de discriminação (direitos humanos);
- repetir os
testes em intervalos regulares;
- os resultados
devem ser discutidos diretamente com o treinador (comissão técnica) e o atleta.
Programa de
testes e avaliação
- pode custar
caro e muito tempo, mas o importante é o retorno justificar o rendimento;
- indicar
pontos fracos e fortes dos atletas e fornecer informações básicas e precisas
para elaboração de programas de treinamento;
- fornecer
informações a respeito do estado de saúde dos atletas já que o treinamento de
alto nível provoca elevado desgaste físico e psico-emocional.
- processo
educacional pelo qual o atleta adquire a capacidade de compreender, interpretar
e processar melhor as informações que lhe chegam (cognitivo, motor,
psico-emocional e sensitivo).
Avaliação
isocinética
Calcular média
aritmética e desvio padrão (dispersão em relação à média): P = F x V (Potência;
Força; Velocidade).
Composição
corporal
Densidade
corporal (De) – Pollock
Fórmula:
De ♀= 1,0994921
– 0,0009929 (X2) + 0,0000023 (X2)² - 0,0001392 (X2)
De ♂= 1,109308
– 0,0008267 (X3) + 0,0000016 (X3)² - 0,0002574 (X6)
X2 – somatório
das dobras de: tríceps, subescapular e coxa (em mm);
X3 – somatório
das dobras de: peito, abdominal, coxa (em mm);
X6 – idade (em
anos).
- G% (Siri) =
[(4,95/ DC) – 4,5] x 100
-
G% (Faulknen) = [(∑ tri + ssc + Si + abd) x
0,153] + 5,783
- Cálculo da massa óssea (Von Dobbeln):
MO = 3,02 x
(altura² x R x F x 400), com parêntese elevado a 0,712
- Massa
residual (Würch)
MR = MCT (Massa
Corporal Total) x 0,241 ♂
- Massa gorda =
G% x MCT/ 100
- Massa
muscular (derivada de Matiegra):
MCT = MG + MO +
MR + MM
- Massa magra
LBM = MCT - MG
Mensuração de
dobras cutâneas
Traçar o local
a ser medido com caneta dermatográfica.
Tríceps (tri):
parte posterior do braço, terço médio do úmero;
Subescapular
(ssc): embaixo da escápula (risco inclinado);
Supra-ilíaca
(Si): acima da crista ilíaca ântero-superior;
Peitoral
(peit): entre a prega axilar e o mamilo;
Abdominal
(abd): 2 cm ao lado do umbigo (risco horizontal ou vertical);
Coxa (cx):
terço médio da coxa, face anterior;
Panturrilha
(pant): terço médio da perna, parte medial-proximal.
Os dedos devem
puxar o local a 2 cm do risco e o compasso deve estar perpendicular ao risco
feito na pele; deve-se olhar de cima (perpendicularmente) o resultado no
compasso.
Acidente ósseo
Rádio (punho):
localizar os processos estilóides (mais proeminentes);
Úmero (cúbito):
localizar epicôndilos lateral e medial;
Fêmur (joelho):
atrás do acidente ósseo.
Com esses
cálculos, pode-se calcular toda a composição corporal do indivíduo.
Composição
corporal de um aluno voluntário:
Rádio: 4,9 mm;
Úmero: 6,4 mm;
Fêmur: 9,3 mm;
Tri – 13 mm;
Cx – 15,5 mm;
Ssc – 10 mm;
Peit – 6 mm
(média-axilar = Max);
Si – 14,5
mm;
Pant
– 16 mm;
Abd
– 25 mm.
Densidade corporal:
De = 1,072 g/
cm³
G% =
[(4,95/ 1,07) – 4,5] x 100, donde se conclui que: G% = 12,61 (Siri). Média:
12,41 G%
G%
= 12,22 % (por Faulknen)
Massa
óssea: MO = 2145,24
Massa
residual: MR = 13,25 kg
Massa
gorda: MG = 6,72 kg
Massa
muscular: Mmu = - 2110,21
Massa
magra: Mma = 48,28 kg
Suplementação alimentar (Doutor Hélio
Ventura)
Não há um
consenso em relação à sua definição; os anabolizantes esteróides são vistos
como suplementos alimentares, mas não o são. Suplementos são compostos por
vitaminas, minerais, ervas (sem tabaco), aminoácidos, ou a mistura de todos
eles. São dietéticos (usados em dietas).
Vitaminas e
oxidantes – os riscos inerentes à suplementação vitamínicas são menores que os
riscos da não utilização. Os antioxidantes (vit. C, E e beta-caroteno) são
muito benéficos como suplementos.
Coenzima Q10 –
suplemento contra o stress oxidativo e contra os radicais livres que passam pelo
músculo (no ciclo QEC); diminui as chances de lesão.
Os suplementos
alimentares produzem benefícios em trabalhos de longa duração, mas são
indiferentes em atletas bem nutridos.
Derivados
protéicos – a suplementação ideal de RDA’s é de 7g de RDA’s/ kg de peso, mais
proteínas suplementares. A necessidade ótima de proteínas é acima disso. 17 ou
18g de RDA’s / kg de peso é mais adequado. O atleta necessita mais de proteínas
que o sedentário. Porém, o excesso de proteínas (mais que 4g/ kg/ dia) não
apresenta efeitos colaterais.
Whein Protein –
derivado da albumina do soro do leite e é usado também em doenças (câncer,
AIDS, hepatite), sistema imunológico e perda de massa seca. É absorvida muito
rapidamente.
Aminoácidos
livres – os resultados não são satisfatórios, apesar de nosso corpo (adulto)
absorver monopeptídeos mais facilmente que di ou tripeptídeos. Whein e
caseinato são pouco quebrados.
Misturas de
aminoácidos ou proteínas hidrolizadas – a utilização de um grupo ou outro é
mais interessante.
L-carnitina – é
transformada em acetil-l-carnitina e transporta ácidos graxos (cadeias de 12 a
18 carbonos) através das membranas, mas 9 em cada 10 não apresentam benefícios
de emagrecimento. Porém, a L-carnitina diminui a dor e o número de lesões
musculares nos exercícios excêntricos, além de proteger o músculo cardíaco; tem
efeitos na insuficiência cardíaca. Sua utilização corriqueira não tem efeito.
BCAA’s – após
exercício estafante, principalmente a leucina participa na produção de energia.
HMB
(hidroxi-metil-butirto) – fim do metabolismo da leucina no músculo: proporciona
mais força e resistência, diminuindo os riscos de lesão num ciclo de
treinamento.
Creatina –
apesar de haver afirmações de que a creatina desestabiliza o sarcômero e
facilita lesões musculares, ela apresenta grandes resultados como o aumento da
performance, que só é mantida durante a suplementação; porém, um maior nível de
força é mantido após essa suplementação. Foram levantadas questões em que a
creatina pode causar doping ou não, quando comparados os exercícios de força e
os exercícios anaeróbios aláticos de repetição, nas doses de 5g/ dia por mais
de 20 dias. Na Natação, ela começa a produzir efeito no 5º dia de
suplementação. Esse tripeptídeo também retarda a fadiga. Não deve ser usada em
jovens abaixo de 18 anos devido às lesões de tendões e músculos. Três colheres
de gelatina branca contêm 10 aa e podem fazer a substituição. A creatina usada
também em doenças neurológicas e lesão de tecido nervoso.
Repositores
hidroeletrolíticos – a reidratação com água pura é mais perigosa que a
utilização desses hidratantes que, apesar disso, apresentam grandes riscos na
ingestão inadequada. Quando sentimos sede, é porque já passamos do ponto em que
teríamos que beber água. Esses líquidos de reposição (compostos por
carboidratos, sais minerais, proteínas, glicose) propiciam benefícios de
adaptação ao exercício.
Protídeos devem
ser bem dosados, pois o metabólito creatinina é tóxica para o fígado e para o
pâncreas.
Glutamina –
previne stress em overtrainning
MULHER
(referência composição corporal)
Idade – 20 a 24
anos;
Altura – 1,64;
Peso – 56,7 kg;
Gordura total –
15,3 (27%);
Gordura
armazenada – 8,5 kg (15%)
Gordura
essencial – 6,8 kg (12%);
Músculo – 20,4
kg (36%);
Osso – 6,8
kg (12%);
Massa
residual – 14,2 kg (25%);
Peso mínimo – 48,2 kg.
TESTE DE COOPER (corrida de 12 min.)
VOLTAS
tempo 1 tempo real 1 tempo 2 tempo real 2
(distância:
246 m)
1 1’12” 72” 1’14” 74”
2 2’31” 79” 3’39” 70”
3 3’55” 84” 4’45” 66”
4 5’21” 86” 6’02” 77”
5 6’50” 89” 7’25” 83”
6 8’15” 85” 8’42” 77”
7 9’44” 103” 10’04” 52”
8 11’15” 77” 11’26” 82”
9
12’00” 30”
TESTE DE LACTATO
Aluno
voluntário
·
Steady
state (estado de equilíbrio): freqüência cardíaca estável.
__
Paradas para medir o lactato.
1 volta = 246 m.
Lactato repouso – 2 mmol/ L;
5 min – 10 km/h – 3,1 mmol/L;
5min – 12 km/h – 3,9 mmol/L;
5 min – 14 km/h – 6,7 mmol/L;
Exemplo: Vm → ∆S/ ∆t = 10 km/h = 246 m/
x = 2,8 m/ s = 246 m/ x
Vm → x = 246/ 2,8= 88 s
O limiar anaeróbio é o ponto de
tangência (momento íngreme da curva). Essa brusca modificação está na faixa de
4 mmo/L de lactato.
3,9
– 4 mmol/L – 12,0 – 12,2 km/h.
A
freqüência cardíaca está entre 158 e 162 bpm em velocidade de 12 km/h.
Teste
de impulsão vertical (jumptest) – 43 cm/ 43 cm/ 47 cm (Gisele Matos Ferreira)
Shuttle
run – distância entre os bastões – 9,14 m;
Teste
de corrida sinuosa – distância entre os cones: 3,60 m; 2,50 m; 2,50m; 2,50m.
Fazer
cada um três vezes e considerar o maior valor.
Correlação
R=
∑ xy/ n – (Xx) (Xy)/desvio padrão x ∙ desvio padrão y
Xx = 54,7
Xy = 58,75
Dp x = +- 7,48
Dp y = +- 5,57
Xy = 32.166
D
= √ ∑ (x¹ - x)² + (x² - x)² + .../ n
R=
0,07. Conclusão: não há uma correlação entre quem salta bem e sua massa magra.
Conclusão: é uma correlação baixa – a
impulsão vertical não tem muita relação com o Shuttle Run.
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