sexta-feira, 27 de abril de 2012

Avaliação da Performance Humana (Cineantropometria)

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               Medidas e avaliação

            Importante: antes de ser iniciada a prática de qualquer atividade física ou atlético-esportiva, o atleta deve ser submetido a exame médico criterioso que esteja conforme sua aptidão física e orgânica (ergometria).
              Em casos de pessoas portadoras de limitação, os atestados devem conter o limite de esforços; médico e professor de Educação Física devem manter contato permanente para avaliação conjunta do estado evolutivo do paciente.
           Profissionais de Educação Física – realizam testes para medir e/ou avaliar aptidão física;
           Médicos – realizam testes com objetivo de diagnosticar possível existência de manifestações patológicas durante o esforço.
            Medida – é o resultado obtido a partir da aplicação de um teste. Deve ser registrada e expressa numericamente.
             Avaliação – termo complexo que envolve julgamento e tomadas de decisões no sentido de que objetivos sejam atingidos.

            Características do programa de testagem:

            - variáveis que serão testadas que sejam relevantes para atividade fim;
            - devem ser confiáveis (altos índices de validade, fidedignidade, objetividade);
            - os protocolos de testes têm que ser os mais específicos possíveis (esporte);
            - a realização dos testes tem que ser controlada com rigidez;
            - evitar qualquer tipo de discriminação (direitos humanos);
            - repetir os testes em intervalos regulares;
            - os resultados devem ser discutidos diretamente com o treinador (comissão técnica) e o atleta.

            Programa de testes e avaliação

            - pode custar caro e muito tempo, mas o importante é o retorno justificar o rendimento;
            - indicar pontos fracos e fortes dos atletas e fornecer informações básicas e precisas para elaboração de programas de treinamento;
            - fornecer informações a respeito do estado de saúde dos atletas já que o treinamento de alto nível provoca elevado desgaste físico e psico-emocional.
            - processo educacional pelo qual o atleta adquire a capacidade de compreender, interpretar e processar melhor as informações que lhe chegam (cognitivo, motor, psico-emocional e sensitivo).

            Avaliação isocinética

            Calcular média aritmética e desvio padrão (dispersão em relação à média): P = F x V (Potência; Força; Velocidade).
           
            Composição corporal

            Densidade corporal (De) – Pollock
            Fórmula:

            De ♀= 1,0994921 – 0,0009929 (X2) + 0,0000023 (X2)² - 0,0001392 (X2)
            De ♂= 1,109308 – 0,0008267 (X3) + 0,0000016 (X3)² - 0,0002574 (X6)

            X2 – somatório das dobras de: tríceps, subescapular e coxa (em mm);
            X3 – somatório das dobras de: peito, abdominal, coxa (em mm);
            X6 – idade (em anos).

            - G% (Siri) = [(4,95/ DC) – 4,5] x 100

-          G% (Faulknen) = [(∑ tri + ssc + Si + abd) x 0,153] + 5,783

            - Cálculo da massa óssea (Von Dobbeln):
            MO = 3,02 x (altura² x R x F x 400), com parêntese elevado a 0,712

            - Massa residual (Würch)
            MR = MCT (Massa Corporal Total) x 0,241 ♂

            - Massa gorda = G% x MCT/ 100

            - Massa muscular (derivada de Matiegra):
            MCT = MG + MO + MR + MM

            - Massa magra LBM = MCT - MG
           
            Mensuração de dobras cutâneas

            Traçar o local a ser medido com caneta dermatográfica.
            Tríceps (tri): parte posterior do braço, terço médio do úmero;
            Subescapular (ssc): embaixo da escápula (risco inclinado);
            Supra-ilíaca (Si): acima da crista ilíaca ântero-superior;
            Peitoral (peit): entre a prega axilar e o mamilo;
            Abdominal (abd): 2 cm ao lado do umbigo (risco horizontal ou vertical);
            Coxa (cx): terço médio da coxa, face anterior;
            Panturrilha (pant): terço médio da perna, parte medial-proximal.
            Os dedos devem puxar o local a 2 cm do risco e o compasso deve estar perpendicular ao risco feito na pele; deve-se olhar de cima (perpendicularmente) o resultado no compasso.

            Acidente ósseo

            Rádio (punho): localizar os processos estilóides (mais proeminentes);
            Úmero (cúbito): localizar epicôndilos lateral e medial;
            Fêmur (joelho): atrás do acidente ósseo.
           
            Com esses cálculos, pode-se calcular toda a composição corporal do indivíduo.

            Composição corporal de um aluno voluntário:

            Rádio: 4,9 mm;
            Úmero: 6,4 mm;
            Fêmur: 9,3 mm;

            Tri – 13 mm;
            Cx – 15,5 mm;
            Ssc – 10 mm;
            Peit – 6 mm (média-axilar = Max);
            Si – 14,5 mm;
            Pant – 16 mm;
            Abd – 25 mm.

            Densidade corporal:

            De = 1,072 g/ cm³
            G% = [(4,95/ 1,07) – 4,5] x 100, donde se conclui que: G% = 12,61 (Siri). Média: 12,41 G%
            G% = 12,22 % (por Faulknen)

            Massa óssea: MO = 2145,24
            Massa residual: MR = 13,25 kg
            Massa gorda: MG = 6,72 kg
            Massa muscular: Mmu = - 2110,21
            Massa magra: Mma = 48,28 kg

            Suplementação alimentar (Doutor Hélio Ventura)

            Não há um consenso em relação à sua definição; os anabolizantes esteróides são vistos como suplementos alimentares, mas não o são. Suplementos são compostos por vitaminas, minerais, ervas (sem tabaco), aminoácidos, ou a mistura de todos eles. São dietéticos (usados em dietas).
            Vitaminas e oxidantes – os riscos inerentes à suplementação vitamínicas são menores que os riscos da não utilização. Os antioxidantes (vit. C, E e beta-caroteno) são muito benéficos como suplementos.
            Coenzima Q10 – suplemento contra o stress oxidativo e contra os radicais livres que passam pelo músculo (no ciclo QEC); diminui as chances de lesão.
            Os suplementos alimentares produzem benefícios em trabalhos de longa duração, mas são indiferentes em atletas bem nutridos.
            Derivados protéicos – a suplementação ideal de RDA’s é de 7g de RDA’s/ kg de peso, mais proteínas suplementares. A necessidade ótima de proteínas é acima disso. 17 ou 18g de RDA’s / kg de peso é mais adequado. O atleta necessita mais de proteínas que o sedentário. Porém, o excesso de proteínas (mais que 4g/ kg/ dia) não apresenta efeitos colaterais.
            Whein Protein – derivado da albumina do soro do leite e é usado também em doenças (câncer, AIDS, hepatite), sistema imunológico e perda de massa seca. É absorvida muito rapidamente.
            Aminoácidos livres – os resultados não são satisfatórios, apesar de nosso corpo (adulto) absorver monopeptídeos mais facilmente que di ou tripeptídeos. Whein e caseinato são pouco quebrados.
            Misturas de aminoácidos ou proteínas hidrolizadas – a utilização de um grupo ou outro é mais interessante.
            L-carnitina – é transformada em acetil-l-carnitina e transporta ácidos graxos (cadeias de 12 a 18 carbonos) através das membranas, mas 9 em cada 10 não apresentam benefícios de emagrecimento. Porém, a L-carnitina diminui a dor e o número de lesões musculares nos exercícios excêntricos, além de proteger o músculo cardíaco; tem efeitos na insuficiência cardíaca. Sua utilização corriqueira não tem efeito.
            BCAA’s – após exercício estafante, principalmente a leucina participa na produção de energia.
            HMB (hidroxi-metil-butirto) – fim do metabolismo da leucina no músculo: proporciona mais força e resistência, diminuindo os riscos de lesão num ciclo de treinamento.
            Creatina – apesar de haver afirmações de que a creatina desestabiliza o sarcômero e facilita lesões musculares, ela apresenta grandes resultados como o aumento da performance, que só é mantida durante a suplementação; porém, um maior nível de força é mantido após essa suplementação. Foram levantadas questões em que a creatina pode causar doping ou não, quando comparados os exercícios de força e os exercícios anaeróbios aláticos de repetição, nas doses de 5g/ dia por mais de 20 dias. Na Natação, ela começa a produzir efeito no 5º dia de suplementação. Esse tripeptídeo também retarda a fadiga. Não deve ser usada em jovens abaixo de 18 anos devido às lesões de tendões e músculos. Três colheres de gelatina branca contêm 10 aa e podem fazer a substituição. A creatina usada também em doenças neurológicas e lesão de tecido nervoso.
            Repositores hidroeletrolíticos – a reidratação com água pura é mais perigosa que a utilização desses hidratantes que, apesar disso, apresentam grandes riscos na ingestão inadequada. Quando sentimos sede, é porque já passamos do ponto em que teríamos que beber água. Esses líquidos de reposição (compostos por carboidratos, sais minerais, proteínas, glicose) propiciam benefícios de adaptação ao exercício.
            Protídeos devem ser bem dosados, pois o metabólito creatinina é tóxica para o fígado e para o pâncreas.
            Glutamina – previne stress em overtrainning

            MULHER (referência composição corporal)

            Idade – 20 a 24 anos;
            Altura – 1,64;
            Peso – 56,7 kg;
            Gordura total – 15,3 (27%);
            Gordura armazenada – 8,5 kg (15%)
            Gordura essencial – 6,8 kg (12%);
            Músculo – 20,4 kg (36%);
            Osso – 6,8 kg (12%);
            Massa residual – 14,2 kg (25%);
            Peso mínimo – 48,2 kg.       

            TESTE DE COOPER (corrida de 12 min.)
VOLTAS               tempo 1       tempo real 1       tempo 2     tempo real 2
            (distância: 246 m)  
           

            1                             1’12”           72”                     1’14”          74”
           
            2                              2’31”           79”                     3’39”          70”

            3                              3’55”           84”                    4’45”          66”

            4                             5’21”           86”                      6’02”         77”

            5                              6’50”           89”                     7’25”          83”

            6                             8’15”           85”                     8’42”          77”

            7                             9’44”            103”                   10’04”        52”

            8                             11’15”         77”                     11’26”          82”

            9                                                                            12’00”         30”

 CORRIDA 1                         CORRIDA 2











            TESTE DE LACTATO

            Aluno voluntário

·         Steady state (estado de equilíbrio): freqüência cardíaca estável.
            __ Paradas para medir o lactato.

1 volta = 246 m.
Lactato repouso – 2 mmol/ L;
5 min – 10 km/h – 3,1 mmol/L;
5min – 12 km/h – 3,9 mmol/L;
5 min – 14 km/h – 6,7 mmol/L;

Exemplo: Vm → ∆S/ ∆t = 10 km/h = 246 m/ x = 2,8 m/ s = 246 m/ x
                                   Vm  → x = 246/ 2,8= 88 s


O limiar anaeróbio é o ponto de tangência (momento íngreme da curva). Essa brusca modificação está na faixa de 4 mmo/L de lactato.
                        3,9 – 4 mmol/L – 12,0 – 12,2 km/h.
                        A freqüência cardíaca está entre 158 e 162 bpm em velocidade de 12 km/h.
                        Teste de impulsão vertical (jumptest) – 43 cm/ 43 cm/ 47 cm (Gisele Matos Ferreira)
                        Shuttle run – distância entre os bastões – 9,14 m;
                        Teste de corrida sinuosa – distância entre os cones: 3,60 m; 2,50 m; 2,50m; 2,50m.
                        Fazer cada um três vezes e considerar o maior valor.

                        Correlação

                        R= ∑ xy/ n – (Xx) (Xy)/desvio padrão x ∙ desvio padrão y

                        Xx = 54,7
                        Xy = 58,75
                        Dp x = +- 7,48
                        Dp y = +- 5,57
                        Xy = 32.166

                        D = √ ∑ (x¹ - x)² + (x² - x)² + .../ n

                        R= 0,07. Conclusão: não há uma correlação entre quem salta bem e sua massa magra.


Conclusão: é uma correlação baixa – a impulsão vertical não tem muita relação com o Shuttle Run.












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