terça-feira, 13 de setembro de 2011

Recursos Humanos e o Esporte para Portadores de Deficiência Mental

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Normalmente, as habilidades esportivas com PDM são pouco difundidos em clubes e academias particulares.
Existem dois formatos de aplicação das habilidades esportivas para PDM, sendo que um deles privilegia a “performance” esportiva em termos de resultado e o outro privilegia a “perfomance” independente de seu nível de comprometimento cognitivo ou motor.
No primeiro caso, o formato segue as regras do esporte convencional. No segundo caso também segue, porém as competições são divididas em esporte regular (somente para PD), esporte unificado (não PD participando como parceiros nos esportes coletivos e em duplas nos esportes individuais) e o esporte adaptado (provas de habilidade de menor complexidade).
As Olimpíadas Especiais tem como missão dar oportunidade de desenvolvimento das aptidões e troca de experiências, por meio de um trabalho motivante, consciente e contínuo, criando com isso o hábito da prática esportiva (Special Olympics International, 1997).
O que mais difere do outro formato é a filosofia do programa que propõe a participação e dá a todos igualdade de condições, pois cada um compete em um mesmo grupo com aqueles de igual nível de habilidade e é premiado pelo que conseguiu realizar, enfatizando o esforço de todos.
É importante que todos que estejam atuando como técnicos tenham um amplo conhecimento da filosofia do programa, das características da DM, do esporte que está sendo treinado, de nutrição e de preparação física e psicológica para que, além de promover saúde, o comprometimento com a continuidade da prática esportiva e o domínio do mecanismo das modalidades possam evitar lesões secundárias decorrentes de uma prática esportiva equivocada ou não respeitarem a vontade do atleta. O trabalho de voluntários e familiares favorece o processo de inclusão,mas não garante o amplo conhecimento, principalmente no que se refere à aplicação da filosofia.
Por que existe essa preocupação, no Brasil, de que todos sejam da área de Educação Física?
A profissão, apesar de pouco utilizada nos outros núcleos, no Brasil tem uma força maior pois tem a disciplina Educação Física Especial no currículo, que abre caminhos para atividades dessa natureza, além de dar conta de trabalhar todos os aspectos (físicos, pedagógicos e psicológicos) envolvidos no treinamento dos atletas especiais, tendo uma nova visão de inclusão e respeito não só no que se refere aos padrões técnicos e táticos.
É preciso, além de desmistificar o trabalho com PDM junto aos profissionais, que haja maior divulgação do programa, principalmente nas escolas inclusivas e que se mostre a eficiência desse formato de competição por níveis de habilidades, promovendo um compromisso com o respeito às individualidades, a responsabilidade com o esporte que treinam.

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