terça-feira, 13 de setembro de 2011

Educação Física, Jogo e Deficiência Mental

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Dedicamos atenção às concepções e orientações mais específicas que norteiam a apreensão do jogo na relação com a Deficiência Mental (DM) nas abordagens construtivistas (segundo Piaget) e sócio-histórica (segundo Vygotsky).
                A teoria de Piaget dá conta da forma como a criança apreende o mundo, como ela se apropria dos conhecimentos e como ela interage com eles e com diferentes objetos e indivíduos. Piaget partiu do estudo do indivíduo para compreender como ele constrói os conhecimentos.
                As ideias de Vygotsky a respeito do jogo são muito significativas e ampliam a visão piagetiana quando sugerem, como característica que define o jogo, o fato de que nele uma situação imaginária é criada pela criança.
                Para a criança portadora de DM observamos que, na perspectiva piagetiana, acontece uma limitação no desenvolvimento e na aprendizagem. As práticas assim se caracterizam pela priorização do desenvolvimento de habilidades deficitárias para educar os portadores de DM, considerando-se os não-estágios mais elevados de desenvolvimento.
                Aceitando que o DM tem dificuldades de pensamentos formais, que implicam em abstrações, dá-se ênfase a um desenvolvimento e aprendizagem com base no concreto.
                São importantes as imediações sociais e afetivas que devem ser proporcionadas de forma coletiva, particularmente na ação com a criança, pois a natureza dessas imediações feitas por um parceiro mais experiente ou pelo professor através do jogo permitem a criação de situações imaginárias. Isso leva ao desenvolvimento do pensamento abstrato.
                Como o universo lúdico da criança DM é às vezes restrito pela influência do meio onde vive ou pela falta de informação da família, ela deixa de viver experiências que proporcionem chances de generalização de conceitos e de abstrações. Por outro lado, os jogos em grupo podem ser utilizados para favorecer os desenvolvimentos cognitivo, social e moral, estimulando atitudes de cooperação e respeito mútuos.
                Assim, entendemos que o jogo, utilizado como ação pedagógica, contribui em qualidade no ensino da Educação Física para crianças portadoras de DM, possibilitando aprendizagens significativas e conscientes de uma forma menos rotineira, restritiva, mecânica e reforçadora da deficiência, sendo a intervenção do professor fundamental para a promoção dessa aprendizagem.

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